domingo, 24 de agosto de 2014

DDD


Os domingos dizem muito sobre as cidades. Em 2014 o Rascunho se propõe a criar remotamente, dando voz as cidades que nos atravessam.
(DDD) Novo projeto do Núcleo de Pesquisas Teatrais Rascunho. 

Aguardem!!


Assistam ao vídeo no link:
http://youtu.be/g4RoXA0NE6s

sábado, 23 de agosto de 2014

Festival Ponto de Vista

O Festival Ponto de Vista acontece de 22 a 27 de setembro de 2014 em São Luís - MA

O que é o Festival Ponto de Vista?

O Festival Ponto de Vista, é um projeto de extensão, sediado na Universidade Federal do Maranhão - UFMA na cidade de São Luís/MA e aberto a participação de estudantes, professores, pesquisadores das artes cênicas e grupos teatrais vinculados a escolas de nível superior de todo o Brasil.


Confira as presenças confirmadas no Festival:



Entre no blog do Festival e acompanhe a programação.
http://festivaluniversitariopontodevista.blogspot.com.br/

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

SOBRE O MÉTODO HISTÓRICO NO TEATRO


                                                                Gilberto dos Santos Martins
                                                                     Ator, Professor e Mestrando em Artes-UFU

O método de pesquisa utilizado, “experimentado”, por Tânia Brandão na investigação de casos não pesquisados ou até mesmo esquecidos e suplantados no tempo, trazido do campo da História, por ora tem sido eficaz na construção da História do Teatro Brasileiro. A pesquisadora em sua introdução do livro “ Uma empresa e seus segredos: companhia Maria della Costa, apresenta dentro da historiografia, o método da História Oral para trazer à baila a discussão e a importância da Cia que por muito tempo adormeceu no esquecimento da história oficial do teatro nacional. Nos livros e revistas que tratam do cenário artístico e teatral brasileiro muito raro tem se falado dessa Companhia que, assim, como “nomes de grupo fortes” como: Os Comediante, Teatro Brasileiro de Comédia-TBC, Teatro do Estudante,  Grupo Arena e Oficina, imprimiu sua marca na modernização e profissionalização dos nossos palcos.
A companhia/empresa, não raro, representou um caso bastante difícil de desvendar e vir para o amplo campo de discussão dos estudiosos do teatro, pois, segundo Brandão (p.28), “o ponto de partida era o zero ou quase. Quando o projeto de pesquisa começou, não existia nenhum texto escrito sobre o movimento estudado”. O trabalho de pôr à vista de leitores a história do teatro no Brasil é sempre complexo, há uma enorme dificuldade em fixar no tempo e no espaço, vários eventos que serviram de base para que tenhamos esse sistema complexo de propostas estéticas, às vezes experimentais e às vezes, quase sempre, maduras. Quando os temos em mãos faz-se mister analisá-los com bastante atenção e cautela no sentido de depurá-los de opiniões pessoais corriqueiras,  parciais e até mesmo equivocadas.
 A escassez de material que comprovem atividades teatrais no passado tem feito os pesquisadores da área mergulhar em campos-áreas outros para, quem sabe, lançar mão de metodologias que alcancem informações que apenas os braços teatrais não têm extensão o suficiente para chegar. É louvável o interesse de dá as mãos a teóricos que não fazem parte do próprio limite de olhar para fugir de uma opinião unilateral em benefício de outra plurilateral. É assim que a pesquisadora Tânia Brandão tem feito, onde vai buscar na História Oral um fio para pensar o nosso teatro e mais, especificamente, a companhia Maria Della Costa. No que tange a técnica da História Oral, Portelli (1997) nos diz:
“A História Oral é uma metodologia de pesquisa voltada para o estudo do tempo presente e baseia-se na voz de testemunhas, com o objetivo de escutar e compreender o pensamento dos atores sociais que vão, ao narrar, construindo ao mesmo tempo a sua história pessoal e a da comunidade.” ( PORTELLI, 1997, p. 08)
Há um forte movimento que tem se estabelecido em demasia no interesse pelo teatro que se faz no hoje, em detrimento ao que ficou na história ou até mesmo apagado por alguma razão. É obvio que uma potencia não exime outra, não estamos aqui fazendo apologias apenas às pesquisas do ontem e esquecendo do hoje, pois o ontem só existe porque foi uma construção do hoje. Mas, o que fazer, pois, quando estamos interessados em uma pesquisa que não possui nenhum registro concreto de sua existência, apenas falas subjetivas? Caso que a autora ilustra com sua pesquisa da Cia Maria Della Costa. Onde os materiais pungentes e significantes não ultrapassam o campo da individualidade dos que puderam usufruir e dos que estiveram na posição de criadores no ato de sua efemeridade.
Conforme Brandão (2006, p.111) “a pesquisa teatral é sempre documental, nunca é monumental”. A afirmativa da autora é bastante relevante ao contexto da companhia Maria Della Costa, pois por mais que estejamos a nos rodear por uma pesquisa de algo que está visível, vivo e presente, a condição de efemeridade da obra ou do evento teatral levará o pesquisar a apenas registrar e para isso deverá ir em busca de marcas escritas, fotográficas, imagéticas para trazer a essência do que já se dissolveu no tempo;  o objeto não será, obviamente, reconstruído literalmente, por isso não monumental, somente acessado por vias de documentos.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Tania. Uma empresa e seus segredos: Companhia Maria Della Costa. São Paulo: Perspectiva; Rio de Janeiro: Petrobras, 2009.
METODOLOGIA DE PESQUISA EM ARTES CÊNICAS/ org. André Carreira [ et.al.].- Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. (MEMÓRIA ABRACE; 9). p. 105-119.

PORTELLI, Alessandro. Tentando aprender um pouquinho. Algumas reflexões sobre a ética na História Oral. In: Ética e História. Projeto História. Revista do Programa de Estudos Pós-graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo, Vol. 15, 1997, pp. 13-49.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

"Transgressões Estéticas e Pedagogia do Teatro"

O livro "Transgressões Estéticas e Pedagogia do Teatro" de Abimaelson Santos.


Visando compreender as possibilidades estéticas e educativas que se esboçam na teatralidade contemporânea, este livro pauta numa discussão plural sobre maneiras pelas quais se cria e se aprecia o teatro na pós-modernidade, considerando as repercussões deste processo na Pedagogia da Cena e do Teatro de Grupo. A perspectiva conceitual configura o processo de criação teatral como substrato das questões estéticas, éticas e políticas que sustentam a prática artística e seu ensino, pensadas numa dimensão que leva em conta a experiência estética, o domínio da linguagem cênica, a criação e recepção de espetáculos. O livro tem como principal recorte analítico processos de criação processos de criação de grupos de teatro no Maranhão entre os anos de 2000 e 2011 e busca compreender como o teatro contemporâneo tem se desenvolvido no Estado, no circuito profissional e no ambiente escolar, propondo uma discussão que ultrapasse uma narrativa histórica linear-descritiva e adentre na produção epistemológica do teatro maranhense nos últimos anos.


Aos interessados, temos exemplares disponíveis é só entrar em contato através do link:






Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga

Abimaelson Santos membro do Núcleo de Pesquisas Teatrais Rascunho será debatedor na Mostra Nordeste Universitária no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga. O Festival acontece de 06 a 13 de setembro de 2014 na cidade de Guaramiranga - CE.

Acompanhe o Festival através de sua Fanpage no Facebook.
https://www.facebook.com/fntguaramiranga?fref=ts

Site do Festival
http://www.fntguaramiranga.com.br/
Cartografia: a multilateralidade no teatro

                                                              Gilberto dos Santos Martins
                                             Ator, Professor e Mestrando em Artes-UFU

“Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador”, texto elaborado por Eduardo Passos e André Eirado, é uma sugestão de metodologia, aplicada à Psicologia, muito pertinente no contexto da pesquisa do teatro.
Os autores articulam a metodologia com três planos de ação: a transversalidade, a de implicação e a de dissolução do ponto de vista do observador. As convenções da comunidade científica foram alvo de muito debate no âmbito dos pressupostos da objetividade no que tange a observância do conhecimento. No entanto, as ciências humanas ao longo dos tempos têm apresentado alternativas de utilização e aplicação dessas ciências, às vezes contrapondo-as, às vezes complementando-as.
Os autores propõem prensar o método cartográfico como uma possibilidade de aplicação nas ciências humanas e sociais, em detrimento de apenas fixar-se à crítica dos métodos e procedimentos inexoráveis da ciência pura, a esta, a ciência positivista, há uma separação visível e grupalmente acordada, “a neutralidade e objetividade do conhecimento, ambas garantidas pela distância mantida entre aquele que conhece e aquilo que deve ser conhecido” (Passos e Eirado, p. 155), no sentido de obter a eficácia dos resultados esperados nos experimentos. Sujeito e objeto se diferem, absolutamente, emergindo uma relação cognoscente a partir da postura de terceira pessoa. Podemos pensar nas experimentações científicas do rato e do macaco sultão behavioristas, que nos revelam um método imerso na concepção da pura insubordinação dos pontos de vistas, tendo-se, pois, um e exclusão automática dos demais. Onde os olhares acerca do objeto, verticais e/ou horizontais, se fecham nessa bilateralidade. Entretanto, muito se tem questionado essa redoma ao qual o objeto e sua significação/interpretação ficam refém, inviabilizando possibilidades de significados por outros meios e pontos de vista, como afirmam Passos e Eirado (p. 115) “coloca-se em questão o olhar de cima da ciência e a ação judicativa de quem avalia o objeto do conhecimento com a distância da neutralidade”. Partindo do ponto vista da neutralidade, não nos detendo e defendendo tal postura, pensaremos aqui o teatro e suas possíveis abertura a essa metodologia.
No contexto teatral há muito vem se debatendo o interstício na pesquisa sobre o teatro e em teatro entre teoria e prática e como esses lados se inter-relacionam na realidade tanto artística quanto acadêmica.
O conceito de transversalidade, proposto no texto dos autores, a óptica do objeto e sua relação com o sujeito muda de proporção, onde a vinda de um terceiro eixo comunicacional com a realidade pesquisada se refaz. Segundo Passos e Eirado:
“o plano da transversalidade expressa uma dimensão da realidade que não se define nos limites estritos de uma identidade, de uma individualidade, de uma força (esse saber, o meu saber, o saber que o outro tem e que pode me transmitir), mas experimenta o cruzamento das várias formas que vão se produzindo a partir dos encontros entre os diferentes nós de uma rede de enunciação da qual emerge, como seu efeito, um mundo que pode ser compartilhado pelos sujeitos”.( PASSOS e EIRADO,   p. 115)
            A transversalidade apresenta um direcionamento no sentido de uma experiência comunicacional agregando linhas de pensamento ainda não vistas ao invés de suprimi-las ou até mesmo eliminá-las do objeto ao qual se propõe a investigar. Meios suscetíveis de habitação de pontos de vista, sem apologias e restrições conceitos dogmáticas e inquebrantáveis. O tratamento do objeto dar-se-á por múltiplas versões de olhares interiores e exteriores, fornecendo não apenas uma opinião hegemônica, mas possíveis multilateralidade de significação.
            No teatro o método cartográfico é uma boa possibilidade de caminhada em busca do não possível positivista. Quais as linhas sensoriais que um trabalho teatral pode me oferecer enquanto pesquisador-atuante? Quais as linhas que limitam a minha relação com a obra pesquisada? A cartografia nas Artes Cênicas pressupõe percepções e sensações que o meio investigado desabrocha no corpo do cartógrafo, indo de encontro à barreira sujeito/objeto.
            A transversalidade cartográfica não está ligada à descrição (Etnografia) ou medições da obra, mas sim, a busca de sentido no lineamento de enunciações possíveis na obra. No campo do teatro uma relação de distanciamento também é possível, comumente aplicada nas universidades (Mestrado e Doutorado), mas o resultado nem sempre condiz com o que foi proposto. O que está disposto à imersão na obra, na pesquisa e lançar mão de mecanismos de apreensão do subjetivismo é, talvez, um caminho um pouco menos angustiante, onde as ondas do que não se pode ter no plano do concreto agem no sujeito advindo daí uma terceira perspectiva ou eixo inviável numa postura positivista de neutralidade e distancia do sujeito em relação ao objeto. Aqui sujeito e objeto se justapõem criando imagens, sensações que por mais, no plano do senso-comum, esteja na abstração, a sua interferência na realidade e possíveis modificações são reais de ocorrerem. Assim, podemos pensar a cartografia como um meio eficaz de apreensão de uma linguagem efêmera, fugaz e condicionante à transcendência.
REFERÊNCIAS

PASSOS, E. EIRADO, A. Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Rascunhando...

Apesar da separação geográfica o Núcleo de Pesquisas Teatrais Rascunho não parou suas atividades, continuamos a construir trabalhos e pesquisas. Ao longo de 4 anos de existência o Rascunho tem proporcionado aprendizado individual e coletivo para seus membros, que buscam utilizar tais aprendizados da melhor forma possível em seu ofício que é: teatro.








Perfil no Facebook
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Conheça o Núcleo de Pesquisas Teatrais Rascunho

Com o objetivo de pensar, experimentar, pesquisar e produzir teatro criamos o Núcleo de Pesquisas Teatrais Rascunho. O Núcleo é formado por graduados, graduandos do curso de Licenciatura em Teatro e do Mestrado em Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Maranhão. Criado em 2010 com o intuito de propagar de forma qualitativa os trabalhos dos pesquisadores que o compõem. "Rascunhando pensamentos estéticos & rabiscando as paisagens da cena contemporânea"

Elefantes

Elefantes
Dramaturgia Coletiva, apresentado em 2014, São Luís - MA

SiameSeS

SiameSeS
Texto de Zen Salles, apresentado em 2012, São Luís - MA

Primeiro Amor

Primeiro Amor
Texto de Samuel Beckett, apresentado em 2011, São Luís - MA

Esperando Godot

Esperando Godot
Texto de Samauel Beckett, apresentado em, São Luís - MA, 2010.

Lullaby: por quem choram as pedras

Lullaby: por quem choram as pedras
Texto de Aline Nascimento, apresentado em 2011, São Luís - MA.

O Homem do Cubo de Gelo

O Homem do Cubo de Gelo
Texto de Abimaelson Santos, apresentado em 2010, São Luís - MA.
Rascunho Produções Culturais. Tecnologia do Blogger.
 

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